A ORIGEM DA CONTINÊNCIA MILITAR

Você sabe porque os militares levam a mão direita até a cabeça para saudar outro militar? Sabe quando e como iniciou a continência? Qual é a história da continência? O Milico Ponderão foi em busca dessas respostas, leia no texto abaixo:






Frutos de uma sociedade isolada e tementes às terríveis invasões bárbaras, os cavaleiros eram um dos mais notórios integrantes do mundo feudal. Dedicado ao uso das armas e à proteção de propriedades, o cavaleiro deveria honrar pela sua posição mostrando pronta disposição para participar de uma luta ou defender as terras de seu senhor. Mais do que a bravura e o poder bélico, esse intrigante personagem medieval também se distinguia por uma série de rituais que reafirmavam sua condição.

Segundo alguns historiadores, para assinalar suas origens, os cavaleiros se singularizavam através de símbolos, acessórios e gestos. É nesse momento que podemos sugerir uma resposta sobre a gênese das saudações militares. Na Idade Média, quando passava por membro de mesma condição, o cavaleiro costumava levantar o visor de seu elmo em sinal de respeito e amizade. Ao olhar diretamente para seu próximo, buscava reafirmar a partilha de habilidades e valores com o outro cavaleiro.

Com o passar do tempo, esse gesto foi preservado na medida em que o uso de forças militares foi ganhando maior espaço e importância. Em outros relatos, temos a descrição de outro ritual que também pode ser visto como um precursor da continência militar. Quando se apresentava para o seu superior, o cavaleiro segurava a rédea de seu cavalo com a mão esquerda e levantava a mão direita para demonstrar que estava pronto para participar de um combate.

Muito provavelmente, por conta do desconforto que a armadura do cavaleiro propiciava, esse movimento foi simplificado até se resumir ao gesto de se levar a mão à cabeça. Ao longo da formação das monarquias nacionais, entre os fins da Idade Média e o início da Idade Moderna, essas saudações foram mantidas como meio de indicar a subordinação à hierarquia militar organizada no interior dos exércitos.

Nas fileiras do Exército Britânico, por voltas do século XIX, o soldado poderia executar a continência tocando seu chapéu com a ponta dos dedos ou retirando o mesmo da cabeça. Na década de 1890, em plenas minúcias da Era Vitoriana, o governo da Inglaterra decretou que a continência fosse realizada quando um subordinado estivesse portando algum tipo de boné ou chapéu.

Atualmente, a reverência militar deve ser feita em pé com a movimentação da mão direita até a cabeça. Rompendo as fronteiras da esfera militar, a continência hoje é também utilizada por facções terroristas e grupos paramilitares, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Contudo, podemos ainda falar sobre alguns casos em que se tentou desviar dessa célebre tradição.

Aficionado pelo esplendor militar do antigo Império Romano, Adolf Hitler resolveu trocar a continência clássica pelo “Ave, César” dirigido ao imperador Júlio César. Nessa continência, o subordinado deveria erguer o braço direito em uma inclinação de quarenta e cinco graus. No caso, a saudação sonora foi devidamente substituída pelo “Heil, Hitler”, que também era ruidosamente reproduzida por vários cidadãos alemães durante os comícios do fuhrer.

Bom lembrar/saber....

§ 3º Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada


Para mais informações sobre o uso da continência nas Forças Armadas, clique AQUI e acesse o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas em PDF !


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7 comentários:

  1. Milico ponderao é Cultura inclusive para civis como eu....parabens

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  2. Infelizmente alguns militares de maior hierarquia por simples arrogancia e prepotencia não retribuem as continencias que lhe foram prestadas pelo seus subordinados , acho isso uma falta de educação e gentileza com seus comandados e subordinados, os oficiais e superiores na minha opinião deveriam dar sempre os bons exemplos. As Forças armadas Brasileiras tem muito o que melhorar !

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  3. Essa é a versão histórica da continência, porém a verdadeira é que os militares passam o dia coçando o saco e para não ter que um pegar na mão do outro, sabedores de que ambos passaram o dia literalmente coçando o saco, foi sabiamente desenvolvida por algum Ponderão da antiguidade a continência!!! Kkkkkkk

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  4. Muito boa história. Mas uma duvida: o que é essa moça em cima de um cavalo? A cavalaria não é restrita a homens?

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  5. Passa a mão inteira levantando a mão e depois conversamos.

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